Antes, a coisa mais importante para um homem era a palavra, hoje em dia, são poucos e contáveis aqueles que ainda levam isso a sério e honram com ela.
Estou chateada... Bateram no meu carro há duas semanas, bom uma longa história, se quiser entender como foi entre aqui no
AGente Cuida! que eu contei os detalhes... Enfim, depois do acidente o motorista que causou todo o estrago, que não foi exatamente o que bateu no meu carro, assumiu que estava errado, que era o culpado de tudo aquilo e que iria pagar o prejuízo, inclusive meu, que era a única certa na história. Parada no farol e não alcoolizada.
Conversamos durante a semana depois do acidente, até levei o meu carro na funilaria que ele pediu para fazerem o orçamento. Enfim, estava já tudo certo que, conforme o combinado e a culpa do indivíduo, ele pagaria o conserto do meu carro. De repente, na quinta-feira passada, ele começou a não atender o celular... Às vezes, chamava até caixa postal, outras caia direto ou, pior, tocava e ele desligava. Deixamos vários recados na caixa postal, eu, minha mãe e meu irmão, numa boa, pedindo para ele retornar e nada!
Quando percebi que realmente ele estava caindo fora, pedi o telefone da casa dele na funilaria que levamos o carro e o dono passou. Pedi para o meu irmão ligar numa boa e acertar quando deixaríamos o carro, enfim, resolver de vez essa história. Então, meu irmão me liga e me diz que o cara deu pra trás e que disse que como não foi ele quem bateu no meu carro não vai pagar nada!
Nossa, que ódio, sim, senti ódio... Não podemos mais confiar em ninguém, como eu disse no início, as pessoas, ou a maioria delas, não preza mais pela palavra, pelo que acordam com as outras... Isso é o fim. Que ele não bateu no meu carro eu estava cansada de saber, mas o "fdp" que causou a merda toda!
Não aguentei, liguei pra ele e falei um monte. Já que não tinha mais jeito mesmo e ele não é homem para arcar com a palavra, eu precisava dizer umas boas, pelo menos para não explodir com aquele sentimento de raiva que me tomou. Nossa, como falei, o infeliz do mineiro recém-chegado em SP ouviu o que queria e o que não queria. Sem brincadeira, ele quase chorou no telefone, mas, claro, isso não o fez virar homem de verdade e arcar com o seu erro.
Tudo bem, eu vou pagar a franquia do meu carro, assumir o erro de um homem que durige embreagado e passa no farol vermelho. Mas não vou deixar assim, vou, sim, fazer valer o meu direito e abrir um processo contra ele - mesmo que demore muito tempo e talvez não dê em nada, eu não vou simplesmente esquecer a história.
É lamentável, chegamos num ponto onde moral e bons costumes se misturam na farinha e se come com uma carninha de gato na barraca da esquina...
Bons os tempos em que homens eram homens e palavra era de honra!